A Casa do Povo de Santiago Maior, no concelho do Alandroal, vai acolher a Exposição APAV | Pelos direitos das vítimas, uma mostra que reúne uma seleção de campanhas históricas de sensibilização pública promovidas pela associação.

As campanhas de comunicação são uma vertente fundamental do trabalho desenvolvido pela APAV ao longo de mais de trinta anos, como ferramenta de sensibilização e prevenção.

A exposição estará patente na Casa do Povo de Santiago Maior entre 11 e 18 de novembro.

A APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, tendo tido conhecimento de que o seu nome foi indevidamente envolvido numa disputa nas redes sociais, vem esclarecer o seguinte:

As posições assumidas por uma colaboradora da APAV, Raquel Segadães, na sua página pessoal na rede social LinkedIn, vinculam apenas a própria e não a APAV, uma vez que foram manifestadas em nome individual e em nenhum momento em representação da Associação.

Reconhecendo a liberdade de expressão – incluindo a liberdade para opinar, para discordar, para satirizar, entre outras – como um direito fundamental, desde que exercido no respeito pela legalidade, a APAV tem como princípio debater as questões relevantes para a promoção dos direitos das vítimas de crimes nos momentos e nos locais próprios, não sendo consequentemente prática da Associação participar em discussões nas redes sociais.

A APAV trabalha diariamente para apoiar as vítimas de crime em Portugal, contribuindo também para a sensibilização e prevenção da criminalidade. A violência doméstica continua a ser um problema gravíssimo em Portugal e é fundamental o envolvimento do Estado e de toda a sociedade para a erradicação deste flagelo. Nesse sentido, as medidas de apoio a mulheres vítimas que possam contribuir para a autonomização destas numa vida sem violência têm-se revelado essenciais.

Nos passados dias 10 e 11 de outubro, a APAV participou na Cimeira Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), que teve lugar, em Lisboa e foi coorganizada pelo Gabinete Regional da Europa da OMS e pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

A cimeira reuniu representantes políticos, peritas/os em políticas públicas, académicas/os, representantes da sociedade civil e de organizações profissionais, entre outras/os, com o objetivo de discutir e impulsionar práticas promissoras no âmbito das políticas públicas de envelhecimento ativo e saudável.

A APAV, representada por Marta Carmo, gestora do projeto Portugal Mais Velho, participou numa das sessões paralelas do segundo dia da cimeira, subordinada ao tema “Saúde e Literacia Digital” que tinha por objetivo partilhar experiências e conhecimentos sobre os princípios, barreiras e facilitadores da promoção da literacia digital em saúde de forma a desenvolver projetos para um envelhecimento ativo e saudável.

Numa comunicação preparada com o apoio de Carolina Soares, Gestora da Linha Internet Segura, Marta Carmo abordou os principais fatores de risco na utilização da internet e tecnologia por parte da população idosa, enumerou alguns exemplos de crimes cometidos através da internet contra esta população, bem como o seu impacto, terminando por partilhar o trabalho da APAV no apoio a vítimas de crime, com especial foco no SIAD e na Linha Internet Segura.

Desta cimeira resultou o Lisbon Outocome Statement um documento que contém propostas para o futuro dentro da área do envelhecimento ativo e saudável, que pode ser consultado aqui.

A cimeira foi transmitida em streaming e, para já, estão disponíveis aqui as gravações do primeiro dia.

A APAV assinala o Dia Mundial de Combate ao Bullying, 20 de outubro, com a divulgação das Estatísticas APAV | Bullying 2020-2022. O bullying é uma realidade preocupante, para a qual importa sensibilizar. A APAV alia-se ao combate deste tipo de violência, alertando para o seu impacto nas vítimas, seus familiares e amigos.

Neste período de dois anos, o número de situações de bullying reportadas à APAV cresceu 181%. Mais de 50% das vítimas de bullying que foram apoiadas na APAV entre 2020 e 2022 tinha entre 11 e 17 anos de idade. Os distritos de origem das vítimas com maior destaque são Lisboa (29,1%), Porto (16,3%) e Braga (6,6%). Em 70,9% dos casos, o autor da situação de bullying era não só da mesma escola mas também da mesma turma que a vítima. Predomina a violência verbal (37,8%), embora a violência física também seja de destacar (32,7%). Em 81,7% das situações, esta prática de bullying ocorreu no estabelecimento de ensino.

A maioria das crianças e jovens estabelece relacionamentos positivos com os seus colegas e amigos. Contudo, podem existir situações em que a violência tem lugar, provocando mal-estar, desconforto, medo, vergonha e insegurança na vítima.

Se está a ser ou conhece quem esteja a ser vítima de bullying, contacte a Linha de Apoio à Vítima da APAV: 116 006 (chamada gratuita e confidencial, dias úteis das 8h às 22h).

Estatísticas APAV | Bullying 2020-2022