• Romance Scam
  • Violência não expressa amor
  • Pode servir a qualquer pessoa

APAV Notícias #119 | Fevereiro 2021

Publicado .

A newsletter APAV Notícias, boletim informativo da APAV, apresenta um resumo das atividades mais recentes da Associação. A edição #119, de fevereiro de 2020, reúne informação sobre: a celebração do Dia Europeu da Vítima de Crime; a apresentação do kit Data Detox x Youth; o lançamento do projecto Infovítimas Inclusivo; e a nova campanha de sensibilização "Tu consegues superar", desenvolvida em parceria com o Victim Support Europe. A newsletter inclui ainda vários destaques.

Consulte aqui a newsletter:
APAV Notícias #119 | Fevereiro 2021

14 de fevereiro | Dia dos/as Namorados/as

Publicado .

Campanha 14Fev Dá o clique 02 150049626 4490259457655777 7320007554625201590 o 150102853 4490259147655808 8431917179563060380 o

A propósito do Dia dos/as Namorados/as, que se celebra este domingo, dia 14 de fevereiro, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima retoma a campanha “Dá o Clique”, que pretende sensibilizar os jovens para a violência no namoro.

A violência nas relações íntimas não é um fenómeno exclusivo das relações entre pessoas adultas e podem ser encontrados vários estudos nacionais e internacionais que revelam que este também é um problema presente nos relacionamentos entre as pessoas mais jovens.

Um estudo realizado em Portugal, com cerca de 4500 jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 29 anos, constatou que 1 em cada 4 jovens relataram já ter sido vítimas de algum tipo de conduta abusiva pelo/a namorado/a.

Existem táticas subtis e formas menos perceptíveis de exercer poder e controlo sobre outra pessoa. Estas podem, por vezes, tomar a forma de falsa preocupação com o relacionamento e com o bem-estar do/a parceiro/a e podem ser confundidas com manifestações de amor.

Se, por um lado, é necessário desenvolver o trabalho de sensibilização para as diferentes formas de violência – verbal, psicológica, relacional, física ou sexual, é também essencial consciencializar para a importância do pedido de apoio.

Quais são, então, os fatores para que os jovens em situações de violência no namoro não procurem apoio? A associação é feita, principalmente, com o facto de não reconhecerem o comportamento do/a parceiro/a como abusivo ou de procurarem desculpar ou “normalizar” tais condutas; o receio de serem culpabilizados/as pela relação abusiva; a esperança de que o comportamento do/a parceiro/a mude ou o sentimento de vergonha.

O desconhecimento face aos recursos de apoio disponíveis é também um fator determinante que faz com que a maioria dos adolescentes não procure ajuda perante situações de violência no namoro. Quando o fazem, recorrem, por norma, à sua rede de apoio informal, nomeadamente amigos/as ou familiares, e não a profissionais.

A APAV trabalha questões relacionadas com violência no namoro através do apoio direto, de ações de sensibilização e formação e de uma comunicação que pretende chegar onde os jovens estão – a Internet.

As autoridades policiais, as escolas, os centros de saúde e/ou hospitais e as estruturas de apoio, nas quais a APAV se inclui, são entidades que podem apoiar e informar as vítimas, seus familiares e amigos/as.

Enquanto instituição que apoia vítimas de todos os tipos de crime, suas famílias e amigos/as, a APAV está disponível para apoiar através da Linha de Apoio à Vítima - 116 006 (chamada gratuita, dias úteis, 9h-21h), Messenger (Facebook), vídeochamada (Skype: apav_lav) e através de uma rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima.

Recursos APAV:
apavparajovens.pt
apav.pt/cibercrime
Folha Informativa: Violência no Namoro (PDF)

A APAV associa-se à campanha #NamorarSemViolência

Publicado .

A APAV associa-se à Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Violência no Namoro #NamorarSemViolência, divulgada pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e pela Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, para assinalar o Dia d@s Namorad@s.

O desafio foi lançado ao cantor Agir e a seis influenciadores/as digitais, com presença ativa nas plataformas de maior sucesso entre os/as mais novos/as, como o Tiktok e o Instagram, para uma iniciativa conjunta com vista a alertar e consciencializar os jovens para melhor identificarem e rejeitarem comportamentos de violência em relações de namoro, incluindo aqueles que são exercidos através das redes sociais.

Apresentação | Data Detox x Youth

Publicado .

Já está disponível o Data Detox x Youth, um kit de atividades para ajudar os jovens a controlar a sua tecnologia. Este é uma ferramenta interativa que pretende incentivar os jovens a pensarem sobre diferentes aspetos das suas vidas digitais, desde os seus perfis nas redes sociais às passwords, com atividades simples para reflexão e diversão.

Os jovens, e a sociedade de uma forma geral, estão agora mais dependentes da tecnologia do que nunca. Torna-se cada vez mais importante dar um passo atrás e questionar as apps e plataformas que usamos todos os dias para socializar, exercitar, aprender e partilhar.

O Data Detox x Youth incentiva os jovens a fazerem perguntas críticas como: “Quem tem acesso aos meus dados?”, “Tenho controlo sobre isso?”, “Qual é a aparência do meu perfil online?”

Este kit está dividido em quatro secções – Privacidade Digital, Segurança Digital, Bem-estar digital e Desinformação – e tem como principais destinatários jovens que já possuem os seus próprios dispositivos, mas pode ser utilizado por pessoas de todas as idades.

O Data Detox Kit, criado pela Tactical Tech, é gratuito e estará disponível em formatos digital e físico.Atualmente está disponível em inglês, espanhol, italiano, português e alemão. A versão em português está em fase final de criação

Na apresentação estiveram Ricardo Estrela, gestor da Linha Internet Segura da APAV, de João Pedro Martins, embaixador europeu da rede de Centros Internet Segura (INSAFE) e de Daisy Kidd, responsável pela Iniciativa Jovem da Tactical Tech, organização internacional responsável pelo projeto Data Detox x Youth Kit.

Data Detox x Youth

6 de fevereiro | Dia Internacional da Tolerância Zero Contra a Mutilação Genital Feminina

Publicado .

MGF21 02

Assinala-se hoje, dia 6 de fevereiro, o Dia Internacional da Tolerância Zero Contra a Mutilação Genital Feminina. A Mutilação Genital Feminina ou Corte dos Genitais Femininos (MGF/C) constitui uma grave violação dos direitos humanos e, particularmente uma forma de violência contra as mulheres.

É atualmente reconhecida como um fenómeno global, sendo que os dados mais recentes estimam que na Europa vivam cerca de 600 000 mulheres e meninas a sofrer com as consequências físicas e psicológicas da MGF/C e que cerca de 180 000 meninas, em 13 países, estejam em risco de virem a ser submetidas a MGF/C.

A MGF/C compreende todos os procedimentos que envolvam a remoção total ou parcial dos órgãos genitais femininos externos, ou que provoquem lesões nos órgãos genitais femininos por razões não-médicas.

De acordo com a OMS, as razões pelas quais a MGF/C é praticada incluem uma mistura de factores socioculturais que caracterizam as famílias e as comunidades. Não se encontra em nenhuma religião fundamento para a MGF/C, sendo a manutenção da prática relacionada com crenças erradas acerca do desenvolvimento de uma menina e da sua preparação para ser uma mulher; acerca da sexualidade, feminilidade, fidelidade e/ou higiene.

Em Portugal, na sequência da ratificação da Convenção de Istambul, o crime de Mutilação Genital Feminina autonomizou-se em 2015 (assumindo natureza pública) no artigo 144º A do código penal.

Neste dia, sublinhamos que é fundamental tomar medidas no sentido de informar e sensibilizar a sociedade para a prevenção e o combate a todas as Práticas Tradicionais Nefastas (PTN).

As iniciativas devem focar-se nos direitos das mulheres e das crianças em particular, combatendo a desigualdade e a discriminação de género, que estão na base da perpetuação da MGF/C.

A APAV considera importante que as medidas de combate a todas as PTN alcancem as comunidades de maior risco e que envolvam os/as seus/suas líderes e mediadores/as, garantindo que as iniciativas governamentais sejam sempre articuladas com as iniciativas das ONG e restantes entidades da sociedade civil.

Atendendo às especificidades culturais deste tipo de crime e à sensibilidade que os profissionais envolvidos deverão adotar no contacto com as vítimas e seus familiares, é fundamental intensificar a colaboração entre o sistema de justiça e as organizações da sociedade civil que trabalham as questões MGF/C em Portugal, nomeadamente as que prestam serviços especializados de apoio à vítima.

A APAV, através da Unidade de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação (UAVMD), presta serviços de apoio jurídico, psicológico e social especializado a pessoas migrantes vítimas de crime e/ou vítimas de formas de violência específica, nomeadamente MGF/C.

Linha de Apoio à Vítima | 116 006

UAVMD | 21 358 79 14 | Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.