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A Comissão Europeia lança a primeira Estratégia para os Direitos das Vítimas

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Comissão Europeia Estratégia Direitos das Vítimas

A Comissão Europeia lançou, no dia 24 de junho de 2020, a Estratégia para os Direitos das Vítimas (2020-2025) reconhecendo que, apesar da aprovação de vários instrumentos legais, entre eles a Diretiva das Vítimas, e do progresso que se tem verificado, as vítimas de crime na União Europeia não veem, ainda, os seus direitos concretizados.

Admitindo que a própria Comissão deve fazer mais para proteger os milhões de pessoas que, todos os anos, são vítimas de crime na UE, esta Estratégia vem estabelecer um plano de ação para os próximos cinco anos com o objetivo de melhorar a implementação dos direitos das vítimas e, assim, aumentar a segurança de todos os cidadãos na União Europeia.

A Estratégia para os Direitos das Vítimas (2020-2025) define dois pilares de atuação: empoderar as vítimas de crime e trabalhar em conjunto pelos direitos das vítimas. Nesta abordagem, a Estratégia apresenta cinco prioridades: (i) comunicação eficaz com as vítimas e criar ambientes seguros para denunciar um crime; (ii) melhorar o apoio e proteção disponível para as vítimas mais vulneráveis; (iii) facilitar o acesso a indemnizações; (iv) reforçar a cooperação entre todos os operadores relevantes; e (v) reforçar a dimensão internacional dos direitos das vítimas.

Em cada uma destas prioridades, a Estratégia para os Direitos das Vítimas (2020-2025) estabelece medidas a pôr em prática pela própria Comissão Europeia, pelos Estados Membros e pelos serviços de apoio à vítima.

Destas medidas destacam-se o compromisso da Comissão em lançar uma campanha à escala da UE para os direitos das vítimas com o objetivo de promover o apoio especializado a vítimas de crime com necessidades específicas; estudar as consequências da pandemia de COVID-19 para as vítimas de crime de forma a promover a resiliência dos serviços de apoio à vítima em situações de crise; analisar a possibilidade e relevância de introduzir no quadro legislativo da EU padrões mínimos relativos à proteção física das vítimas de crime, incluindo condições mínimas para a determinação de medidas de proteção; e criar a Plataforma para os Direitos das Vítimas que juntará atores e agências europeias relevantes, bem como organizações da sociedade civil.

Aos Estados Membros, a Comissão dirige uma série de recomendações, entre outras, lançar campanhas nacionais sobre os direitos das vítimas e apoiar as organizações da sociedade civil no reforço daqueles direitos; garantir uma abordagem coordenada e transversal sobre os direitos das vítimas entre as autoridades judiciais e policiais, as autoridades de saúde e de serviço social, e outros atores relevantes; avaliar os esquemas de atribuições de indemnizações pelo Estado e, se necessário, eliminar barreiras processuais existentes; e criar uma estratégia nacional e holística sobre os direitos das vítimas, envolvendo todos os atores que estão em contacto com as vítimas de crimes.

O Relatório Síntese do projeto VOCIARE, desenvolvido pela APAV e pelo Victim Support Europe, é referenciado diversas vezes nesta Estratégia para os Direitos das Vítimas (2020-2025), bem como no Relatório da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho relativo à implementação da Diretiva das Vítimas.

A Estratégia para os Direitos das Vítimas (202-2025), e documentos relevantes, poderão ser consultados na íntegra aqui.

 

TSF | "Ainda há muito para avançar nos direitos das vítimas de crime"

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Logo APAV 30anos

"No dia em que Associação Portuguesa de Apoio à Vítima assinala 30 anos de vida, o presidente da APAV elogia o "salto civilizacional importante" nas últimas três décadas, mas alerta que ainda falta apoio público na defesa de alguns direitos das vítimas.

 

Mais de 320 mil pessoas foram ajudadas pela APAV ao longo dos últimos 30 anos de existência. Criada em 1990, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima tem ajudado familiares e vítimas de uma ampla gama de crimes.

Em entrevista à TSF, o presidente da APAV, João Lázaro refere que atualmente a instituição apoia vítimas de 80 tipos de crimes com destaque para os crimes contra as pessoas. Nesta tipologia, o que se destaca são os crimes de violência doméstica.

A cibercriminalidade também assume destaque, dado que é um modo de praticar crimes que já existiam (injúrias ou burlas) mas também pelo impacto que os novos crimes informáticos têm.

Para o dirigente da APAV, ser vítima de crime é hoje muito diferente do que era há 30 anos. Deixou de ser uma "fatalidade com que se tinha de viver" e passou a ser "algo que as pessoas tentam assumir, exercendo os direitos que têm e ultrapassar".

João Lázaro nota uma evolução na forma como a sociedade encara as vítimas de crimes, com mais consciencialização e maior preocupação com o que acontece às pessoas. "Isso é um fenómeno que tem ajudado muito à criação de um sentimento de intolerância social e que passa por um controle social saudável" sobre a criminalidade.

Apesar de Portugal ter "políticas públicas muito avançadas" na proteção de vítimas de violência doméstica ou de tráfico de seres humanos, o presidente da APAV refere que é preciso desenvolver políticas públicas e avançar na proteção das vítimas de outros crimes, sejam eles "um pequeno furto ou um homicídio".

Pode ouvir a entrevista na íntegra aqui.

APAV 30 Anos | Histórias APAV na primeira pessoa

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No âmbito da celebração dos 30 Anos APAV, vamos lançar em breve as Histórias APAV na primeira pessoa. Trata-se de um conjunto de vídeos onde técnicos/as e voluntários/as, actuais e antigos colaboradores, fazem relatos na primeira pessoa onde partilham histórias de sucesso e percursos pessoais. Estejam atentos/as!

30 Anos APAV | Reportagem RTP sobre a fundação da APAV

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Recordamos a fundação da Associação viajando até ao dia 25 de junho de 1990, quando a APAV abriu o seu único espaço à época, em Lisboa. Hoje, a APAV está presente em todo o país com 64 serviços de proximidade.  

Esta reportagem inclui imagens históricas da cerimónia de assinatura da escritura no Ministério da Justiça, declarações de Luís de Miranda Pereira e as primeiras instalações da APAV, na rua do Comércio em Lisboa.